Duas sementes descansam lado a lado no solo fértil da primavera.
Mas havia diferenças entre elas:
A primeira semente tinha sonhos grandes e disse:
– Eu quero crescer!
– Quero enviar minhas raízes ás profundezas do solo e fazer meus brotos rasgarem a superfície da terra...
– Quero abrir meus botões como bandeiras anunciando a chegada da primavera...
– Quero sentir o calor do sol em meu rosto e a benção do orvalho da manhã em minhas pétalas!
E assim ela cresceu.
A segunda semente disse:
– Tenho medo!
– Se eu enviar minhas raízes as profundezas, não sei o que encontrarei na escuridão.
– Se rasgar a superfície dura, posso danificar meus brotos...
– E se eu deixar que meus botões se abram, um caracol pode tentar comê-los!
– E se abrir minhas flores, uma criança poderá me arrancar do chão!
Então concluiu:
– Não! É muito melhor esperar até que eu me sinta segura?
E assim ela esperou.
Passado algum tempo uma galinha ciscando no solo da primavera recente, a procura de comida, encontrou-a e rapidamente comeu a semente que esperava por segurança.
A pobre da segunda semente descobriu tarde demais, que os que se recusam a correr riscos e crescer, são engolidos rapidamente pelas incertezas da vida.
(Autor desconhecido-adaptado)
PARA REFLETIR
Por que na hora da dor, na hora de sofrimento oro mais, leio mais a Bíblia, busco mais a Deus? Por que não faço isso constantemente? Por que clamo? Mas o que é clamar? É proferir em alta voz, gritar. “DEUS, eu não suporto mais!”.
Será que eu não suporto mesmo? Será que tenho pleno conhecimento das minhas forças e dos meus limites? Se eu sei que TODOS os livramentos, tantos os que vejo, e como também os que não vejo, TODOS eles vem de Deus, porque só o busco na tribulação? Por que me acomodo quando tudo vai bem?
Infelizmente na necessidade, quando o vento vem para me sacudir e despertar, quando a tempestade vem para eu sair do meu lugar de conforto é que percebo a necessidade de buscar mais a Deus e clamar por socorro.
Tudo acontece porque estamos como a segunda semente, com medo de aprofundar as raízes, de assumir responsabilidades, estamos com medo de ser novamente ferido pelas outras pessoas e gerar novos danos a nós.
Estamos com medo de abrir o botão, e por causa disso, deixamos de exalar o bom perfume; estamos com medo de que outras pessoas com atitudes erradas ou mesmo que as circunstâncias ruins da vida venham e sufoquem-nos ao ponto de nos arrancar da nossa comodidade e segurança, e por causa de pensamentos assim, deixamos de crescer, e com o passar do tempo somos sufocados pelo medo e esse gera a morte; seja física ou espiritual.
Não vamos deixar ás incertezas da vida nos engolir, mas vamos deixar que as nossas raízes se aprofundem no solo e façam os brotos rasgarem a superfície da terra, abrir o botão e mesmo que o calor venha, devemos resistir firme, porque o orvalho virá para refrescar as pétalas e mostrar que nada impedirá o nosso crescimento se tivermos o firme propósito de querer crescer e exalar o bom perfume que há em nós e perfumar as pessoas que estão a nossa volta.
Só recebe o livramento aquele que se arrisca a enfrentar as dificuldades da vida sem desistir!!!
Ivone Almeida Santos
Um homem que não se alimenta de seus sonhos, envelhece cedo; A coragem cresce com a ocasião.
(William Shakespeare)
Só é realmente corajoso o homem que suporta a desgraça.
(Marcial)