Uma adolescente tinha problemas em casa, vivendo revoltada com os limites impostos por seus pais. Ela queria liberdade plena.
Seus pais lhe ensinaram a respeito de Deus e de suas leis justas e imutáveis. Um dia, ela declarou: não quero seu Deus.
Desisto! Vou embora. Saiu de casa, alcançou os jardins do mundo e almejou ser uma mulher do mundo.
Logo descobriu que não era tão fácil viver sozinha, tendo que arcar com sua própria subsistência.
O alimento, as roupas, um lugar para viver. Tudo era extremamente caro. Frágil e só, incapaz de conseguir um trabalho, ela acabou por se prostituir para sobreviver.
Os anos se passaram. Seu pai morreu. Sua mãe envelheceu. E ela nunca mais tentou qualquer contato com os seus.
Certo dia, a mãe ouviu falar do paradeiro da filha. Foi até a zona de prostituição da cidade, tentando resgatá-la, mas não a encontrou.
No caminho de volta, tomou uma resolução. Parou em cada uma das igrejas e templos e pediu licença para deixar ali uma foto sua.
Era uma foto daquela mãe grisalha e sorridente, com uma mensagem manuscrita: eu ainda amo você!
Volte para casa!
Os meses se passaram. Nada aconteceu.
Então, um dia, a jovem foi a uma igreja a qual distribuía sopa para os carentes.
Sentou-se, enquanto ouvia alguém falar algo sobre aquelas coisas que ela ouvira durante toda sua infância.
Em dado momento, seu olhar se voltou para o lado, fitou os olhos no quadro de avisos e viu uma foto.
Sim! Pareceu-lhe familiar e logo reconheceu uma foto ali exposta.
Seria possível?
Não se conteve. Levantou-se e leu a mensagem:
- Eu ainda amo você! Volte para casa!
Reconheceu que era sua mãe no retrato. Era bom demais para ser verdade. Ela desejara tantas vezes voltar, mas temia não ser recebida.
Afinal, ela se transformara numa vergonha para os seus pais. Era uma mulher perdida. Objeto de tantos homens.
Era noite, mas, tocada por aquelas palavras, ela foi caminhando até sua casa. Amanhecia o dia quando lá chegou.
O sol se espreguiçava em sua cama de nuvens e seus raios escorriam radiantes, inundando a terra de pequeninos pontos de luz.
Tímida, ela se aproximou de sua casa.
Não sabia bem o que fazer. Bateu na porta e esta se abriu sozinha. Ela se assustou. Será que alguém arrombara a casa?
Pensou! Preocupada com sua mãe, correu para o quarto e a viu dormindo. Acordou-a, chamando-a: Mãe! Sou eu! Voltei para casa.
A mãe mal podia acreditar. Abraçou-se à filha, em lágrimas.
Fiquei tão preocupada, mãe, a porta estava aberta e pensei que alguém tinha entrado e ferido você.
A mãe disse docemente, enquanto passava as mãos pelos cabelos da filha: Filha querida, eu e seu falecido pai a esperávamos e desde o dia em que você se foi, essa porta nunca mais foi fechada.
(História verídica acontecida na escócia, em Glasgow – mensagens e poemas.)
PARA REFLETIR
Quantas portas fechamos por orgulho, medo, ambição, desobediência, falta de perdão e ilusão?
Quantas pessoas estão em busca de uma “liberdade” que acreditam que as fará felizes?
Abandonam tudo: família, amigos e até Deus. Não ouvem conselhos e vão em busca dos seus sonhos, os quais não foram planejados dentro de uma vida saudável e estruturada.
Porém a vida é cruel para que não tem sabedoria, preparo, estudos e boa condição financeira. E o que resta são as migalhas; o desprezo; a descrença; a perda da moral juntamente com a destruição do corpo.
O orgulho impede a pessoa de se humilhar, de reconhecer que errou. Impede de voltar atrás e pedir perdão.
Deus continua com a porta aberta esperando somente que nos acheguemos a ele e depositemos diante dele os nossos medos, fracassos e frustrações e que confiemos nele e reconheçamos que ele tem o controle de tudo em suas mãos e que pode mudar todo e qualquer quadro da nossa história.
Ele já deixou a porta do perdão, da honra e da restituição aberta.
Cabe a nós adentrarmos por ela e deixarmos Deus transformar a vergonha em honra, o fracasso em sucesso, as frustrações em vitórias. Volte!
Deus é o maior interessado em nos ver mais do que vencedores!
Ivone Almeida Santos
“Nada é por acaso, tudo que acontece em nossas vidas são frutos de nossos atos”.
(Alexandre Boarro)
“Os homens são como árvores, ao se casarem dão flores, ao terem seus filhos dão frutos, e cabe a ele cuidar dos frutos para ficarem doces e não azedos e o seu grande fertilizante dever ser o amor”.
(Luiz Gustavo Cardoso)