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Leitura Diária - LUCAS
Leitura Diária - LUCAS

  

       

 


(VERSÃO: BÍBLIA VIVA)

 

PLANO DE LEITURA DA BÍBLIA 

MARÇO

 

 Êxodo

  Levítico 

Provérbios

Lucas

(capítulos 15 ao 24)

João


 

LUCAS

 

CAPITULO 15

1 - MUITAS VEZES vinham cobrado­res de impostos (gente desonesta) e outras pessoas de má fama para ouvir os sermões de Jesus;

2 - com isso começaram diversas queixas dos líderes religiosos e dos estudiosos da lei judaica, porque Ele estava fazendo amizade com aquela gente baixa - e até comendo com eles!

3 e 4 - En­tão Jesus contou esta história: "Se você tivesse 100 ovelhas e uma delas se perdes­se no deserto, não deixaria as outras 99 para ir à procura da perdida até conseguir encontrar?

5 - Depois você a carregaria nos ombros para casa, todo alegre.

6 - Quando chegasse, reuniria os seus amigos e vizi­nhos para alegrar-se com você porque a sua ovelha perdida foi achada.

7 - Ora, da mesma forma há muito mais alegria no céu por causa de um pecador perdido que volta para Deus, do que por outros 99 que não se perderam!

8 - Outra história: Uma mulher tem 10 valiosas moedas de prata e perde uma de­las. Ela não vai acender uma lâmpada e olhar em cada canto da casa para achá-la?

9 - E depois não vai convidar suas ami­gas e vizinhas para se alegrarem com ela?

10 - Da mesma forma há alegria entre os anjos de Deus quando um pecador se ar­repende. Para explicar ainda melhor este assunto, contou-lhes a seguinte história:

11 - "Um homem tinha dois filhos.

12 - Quan­do o mais novo disse ao pai: 'Eu quero agora a minha parte da herança, em lugar de esperar até que o senhor morra!' , o pai concordou em dividir a fortuna entre os filhos.

13 - Poucos dias depois este filho mais novo juntou toda parte dele, viajou para uma terra distante, e ali gastou todo o di­nheiro com festas e prostitutas.

14 - Quan­do o dinheiro dele acabou, uma grande fome espalhou-se sobre a terra, e ele co­meçou a passar necessidade.

15 - Foi então a um fazendeiro local pedir para traba­lhar na fazenda, cuidando dos porcos.

16 - O rapaz andava com tanta fome que de­sejava encher seu estômago com os legu­mes que jogava aos porcos, mas ninguém deixou.

17 - Quando ele finalmente voltou ao seu juízo, disse consigo mesmo: 'Lá em casa até os empregados têm comida de sobra, e aqui estou eu, morrendo de fome!

18 – Eu vou para casa, junto do meu pai, e lhe di­rei: "Pai, eu pequei, tanto contra o céu como contra o senhor.

19 - E já não mereço ser chamado seu filho. Por favor, quero ser seu empregado'''.

20 - Então ele voltou para casa, para jun­to de seu pai. E quando ainda estava a uma grande distância, o pai viu que ele vi­nha, e ficou cheio de compaixão e de ale­gria! Correu, abraçou e beijou o filho.

21 - O rapaz disse: 'Papai, eu pequei con­tra o céu e contra o senhor, e não mereço ser chamado seu filho' ­

22 - Mas o pai disse aos escravos: 'De­pressa! Tragam a roupa mais bonita e ri­ca da casa para vestir nele. Um anel de pe­dras preciosas e sapatos!

23 - Matem o me­lhor bezerro que temos. Precisamos fazer uma festa, para comemorar nossa ale­gria.

24 - Porque este meu filho estava mor­to e voltou à vida. Estava perdido e foi achado. Com isto começou as festa.

25 - Mas o filho mais velho estava nos campos trabalhando; quando ele voltava para casa, ouviu a música das danças,

26 - E perguntou a um dos criados o que estava acontecendo.

27 - 'Seu irmão voltou', contou ele, 'e o seu pai matou o melhor bezerro e prepa­rou uma grande festa para comemorar a volta dele ao lar com saúde' .

28 - O filho mais velho ficou zangado e não queria entrar. O pai saiu e insistiu com ele. 29 - Porém ele respondeu: 'Estes anos todos eu tenho trabalhado bastante para o senhor, e nunca me recusei, nenhu­ma vez, a fazer uma só coisa que o senhor me mandou; e em todo este tempo o se­nhor nunca me deu nem mesmo um cabri­to para uma festa com os meus amigos.

30 - Já quando volta este seu filho, depois de gastar o dinheiro do senhor com pros­titutas, o senhor comemora matando o melhor bezerro que temos na fazenda!'

31 - 'Olhe, meu filho querido', disse-lhe o pai, 'eu e você somos muito amigos e tu­do o que tenho é seu.

32 - Porém é justo co­memorarmos, pois ele é o seu irmão; esta­va morto e voltou a viver! Estava perdido e foi achado!"

 


CAPITULO 16

1 - DEPOIS JESUS contou esta história aos seus discípulos: "Um homem ri­co contratou um contador para adminis­trar seus negócios, mas logo correram boatos de que o contador era completa­mente desonesto.

2 - Portanto, o patrão o chamou e disse: 'Que história é esta que eu estou ouvindo, que você está me roubando? Ponha suas contas em ordem, porque você vai ser despedido'.

3 - O contador pensou consigo mesmo: 'E agora? Estou liquidado aqui; não te­nho força para a lavoura, e sou orgulhoso demais para pedir esmolas.

4 - Já sei o que vou fazer! Desta forma eu terei uma por­ção de amigos para cuidarem de mim quando eu for embora!'

5 e 6 - Então ele convidou todos que de­viam dinheiro ao patrão dele para virem discutir a situação. Perguntou ao primei­ro deles: 'Quanto você deve ao patrão?' 'Minha dívida é de 3.400 litros de azeite', respondeu o homem. 'Bem, aqui está o contrato que você assinou', disse-lhe o contador. 'Rasgue-o e escreva outro com a metade disso!'

7 - 'E você, quanto deve a ele?' pergun­tou ao seguinte. 'Mil sacos de trigo', foi a resposta. 'Aqui', disse o contador, 'tome a sua nota e troque-a por uma de apenas 800 sacos!'

8 - O homem rico teve de admirar o deso­nesto por ser tão esperto. É verdade que as pessoas deste mundo são mais espertas (nos seus negócios desonestos) do que aqueles que amam a Deus.

9 - Eu, porém, vou dizer a vocês para agirem assim, bus­cando fazer amigos por meio de trapaça? Isso vai garantir a entrada de vocês no lar eterno, no céu?

10 - Não! Porque se vocês não forem honestos nas coisas pequenas, não serão nas grandes. Se vocês enganam um pouquinho só, não serão honestos nas responsabilidades maiores.

11 - E se vocês não são dignos de confiança nas riquezas deste mundo, quem confiará os verdadei­ros tesouros do céu a vocês?

12 - E se vocês não são honestos com o dinheiro dos ou­tros, como poderão assumir a responsabi­lidade pelo seu próprio dinheiro?

13 - Ninguém pode servir a dois patrões. Vocês odiarão a um e mostrarão lealdade ao outro, ou vice-versa - gostarão de um e desprezarão o outro. Não se pode servir a Deus e ao dinheiro".

14 - Os fariseus que amavam profundamente o seu dinheiro, naturalmente zom­bavam de tudo isso.

15 - Então Jesus disse: "Vocês fazem po­se de dignidade e bondade em público, mas Deus conhece os seus maus corações. O fingimento faz vocês receberem o res­peito do povo, porém é um pecado muito grande aos olhos de Deus.

16 - Até quando João Batista começou a pregar, as leis de Moisés e as mensagens dos profetas eram a orientação que vocês tinham. Mas João trouxe a Boa Nova de que o Reino de Deus chegaria logo. E agora multidões ansiosas estão forçando a entrada.

17 - Porém isto não quer dizer que a Lei perdeu sua força nem mesmo no menor ponto. Ela é tão forte e firme como o céu e a terra.

18 - Portanto, quem se divorciar de sua esposa e se casar com outra, pratica adultério; e quem se casar com a mulher divorciada, também pratica adultério".

19 - "Era uma vez um homem rico", dis­se Jesus, "que se vestia muito bem e vivia todos os dias em prazer e luxo.

20 - Um dia Lázaro, um mendigo doente, caiu na por­ta dele.

21 - Enquanto esta ali, querendo os restos da mesa do homem rico, os cachor­ros vinham lamber as suas feridas aber­tas.

22 - Finalmente o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para a presença de Abraão no lugar dos justos que morreram. O rico também morreu e foi sepultado,

23 - e sua alma foi para o inferno. Ali, sofrendo, ele podia ver Lázaro lá longe com Abraão.

24 - 'Pai Abraão', gritou ele, 'tenha um pouco de compaixão! Mande Lázaro até aqui, ao menos para pôr na água a ponta do dedo e refrescar a minha língua, pois eu estou sofrendo nestas chamas'.

25 - Mas Abraão lhe disse: 'Filho, lembre-se de que durante a sua vida você teve tudo quanto queria, e Lázaro não te­ve nada. Portanto, agora ele está aqui sendo consolado, e você sofrendo tor­mentos.

26 - Além disso, há um grande abismo separando-nos, e quem quiser ir daqui para lá, é impedido, e ninguém po­de chegar até nós'.

27 - Então o rico disse: 'ó Pai Abraão, então por favor mande Lazaro à casa do meu pai - 28 - pois eu tenho cinco irmãos para avisar todos a respeito deste lugar de sofrimento, a fim de que eles não ve­nham para aqui quando morrerem'.

29 - Mas Abraão disse: 'As Escrituras já os avisaram muitas vezes. Os seus irmãos podem ver isso a qualquer hora que quise­rem'.

30 - O rico respondeu: 'Não, Pai Abraão, eles não se darão ao trabalho de ler. Mas se alguém for mandado dos mortos a eles, então abandonarão os seus pecados'.

31 - Porém Abraão disse: 'Se eles não prestam atenção a Moisés e aos profetas, não ouvirão mesmo que alguém volte do meio dos mortos'.

 


Capítulo – 17

1 - "SEMPRE haverá tentações para fa­zer pecar", disse Jesus um dia a seus discípulos, "mas ai do homem por meio de quem a tentação vem.

2 e 3 - Se ele fosse jogado no mar com uma enorme pedra amarrada ao pescoço, seria muito melhor para ele do que enfrentar o castigo prepa­rado para aqueles que prejudicam a alma das criancinhas. Eu estou avisando a vo­cês! Chame a atenção de seu irmão se ele pecar, e perdoe-lhe se ele estiver arrependido.

4 - Mesmo que ele ofenda você sete ve­zes por dia, se voltar para pedir perdão todas as vezes, você deve perdoar-lhe".

5 - Um dia os apóstolos disseram ao Senhor: "Nós precisamos ter mais fé; como poderíamos conseguir isso?"

6 - "Se vocês tivessem uma fé apenas do tamanho de um grão de mostarda", respondeu Jesus, "ela seria suficientemente grande para arrancar aquela amoreira ali, e mandá-la atirar-se ao mar! A ordem de vocês seria logo obedecida!

7 a 9 - Quando um criado volta de arar o campo ou de cuidar das ovelhas, não se senta logo para comer, mas prepara primeiro a refeição do seu senhor e lhe serve o jantar antes de comer o seu próprio. Nem assim ele rece­be agradecimentos, porque está apenas fazendo o que deve fazer.

10 - Assim, pois, se vocês obedecerem tudo o que foi man­dado, não devem achar que merecem elo­gios. Porque vocês apenas cumpriram o seu dever.

11 – Continuando eles o caminho para Je­rusalém, chegaram ao limite da Galiléia com Samaria,

12 - E quando entraram em uma aldeia dali, dez leprosos pararam à distância,

13 - gritando: "Jesus, Senhor, tem misericórdia de nós!".

14 - Ele olhou para eles e disse: "Vão ao sacerdote e mostrem-lhe que vocês estão curados." E enquanto eles iam, a lepra desapareceu.

15 - Um deles voltou a Jesus, gritando: “Glória a Deus, eu estou curado!”

16 - E lançou-se no chão diante de Jesus, com o rosto em terra, agradecendo-Lhe o que Ele havia feito. Este homem era um sa­maritano.

17 - Jesus perguntou: "Não foram dez homens que eu curei? ,Onde estão os nove?

18 - Só este estrangeiro é que volta para dar glória a Deus?"

19 - E Jesus disse ao homem: "Levante-se e vá embora; a sua fé deixou você bom".

20 - Um dia os fariseus perguntaram a Jesus: “Quando é que vai começar o Reino de Deus?” Jesus respondeu: “O Reino de Deus não vem acompanhado por sinais visíveis.

21 – Não se poderá dizer: ‘Começou aqui neste lugar, ou ali naquela parte do país’, pois o Reino de Deus está dentro de vocês.

22 - Mais tarde Ele voltou a falar sobre is­to com os seus discípulos: "Chegará o tempo em que vocês desejarão que EU es­teja com vocês nem que seja por dia só, porém Eu não estarei aqui".

23 - "Vocês re­ceberão notícias de que Eu voltei, e que estou neste lugar ou naquele; não creiam nisso nem saiam. para Me procurar.

24 - Porque quando Eu voltar, vocês sabe­rão, sem qualquer dúvida. Será tão evi­dente como o relâmpago que fuzila pelos céus.

25 - Mas primeiro Eu devo sofrer mui­to e ser desprezado por toda esta nação.

26 - (Quando eu voltar) o mundo estará (tão indiferente para com as coisas de Deus) como estava o povo no tempo de Noé.

27 - Eles comiam, bebiam, e se casa­vam - tudo como de costume, até o dia em que Noé entrou na arca, o dilúvio veio e destruiu a todos.

28 - O mundo estará também como nos de Ló: o povo andava para lá e para cá em seus negócios diários - comendo e bebendo, comprando e vendendo, culti­vando e construindo –

29 - até aquela ma­nhã em que Ló deixou Sodoma. Então, fogo e enxofre choveram do céu e des­truíram a todos.

30 - Sim, será um dia nor­mal como os outros, até à hora da minha volta.

31 - Aqueles que estiverem fora de casa naquele dia, não devem voltar para arru­mar bagagem; aqueles que estiverem nos campos, não devem voltar para a cidade -

32 - Lembrem-se do que aconteceu com a esposa de Ló!

33 - Todo aquele que se agar­rar à vida, vai perdê-la; e o que perder a vida, vai salvá-la. 34 - Naquela noite dois homens estarão dormindo no mesmo quarto; um será levado, e o outro será deixado.

35 e 36 - Duas mulheres estarão tra­balhando juntas nas tarefas da casa; uma será levada, e a outra será deixada; da mesma forma será com os homens que es­tiverem trabalhando lado a lado nos cam­pos".

37 - "Senhor, para onde serão levados?" perguntaram os discípulos. Jesus responde: ‘Onde o cadáver esti­ver, os urubus se ajuntarão!’

 


CAPITULO 18

1 - UM DIA JESUS contou aos seus discípulos uma história para mostrar a necessidade que eles tinham de orar sempre, e mostrar-lhes que deviam conti­nuar orando até vir a resposta.

2 - "Havia numa cidade um juiz", disse Ele, "homem muito mau, que fazia pou­co caso de todos.

3 - Uma viúva daquela ci­dade vinha freqüentemente suplicar jus­tiça contra um homem que lhe havia cau­sado prejuízos.

4 e 5 - O juiz não fez caso dela durante algum tempo, mas no fim ela o deixou nervoso. 'Eu não tenho medo de Deus nem dos homens', disse ele consigo mesmo, 'porém esta mulher está me incomodan­do. Vou fazer com que ela receba justiça, pois está me cansando com as suas quei­xas constantes!"

6 - Então o Senhor disse: "Se até mesmo um juiz mau pode ser vencido como aque­le foi,

7 - vocês não acham que Deus sem falta fará justiça ao seu povo, que Lhe su­plica dia e noite?

8 - Sim! Ele lhes respon­derá depressa! Mas a questão é: Quando Eu, o Messias., voltar, quantos que têm fé (e estão orando) encontrarei?"

9 - Depois Ele contou esta história a al­guns que se orgulhavam das suas boas qualidades e caçoavam de todos os de­mais:

10 - "Dois homens foram ao templo orar. Um deles era um fariseu orgulhoso, e o outro um desonesto cobrador de impos­tos.

11 - O orgulhoso fariseu 'orava' assim: 'Eu Lhe agradeço, ó Deus, porque não sou um pecador como todos os demais, especialmente como aquele cobrador de impostos ali! Porque eu nunca engano os outros, eu não cometo adultério,

12 - jejuo duas vezes por semana, e dou a Deus um décimo de tudo quanto ganho".

13 - Mas o cobrador de impostos ficou em pé de longe e não tinha coragem nem para levantar os olhos ao céu quando ora­va, porém batia no peito com grande arrependimento, exclamando: ‘Ó Deus, te­nha misericórdia de mim, um pecador!’

14 - Eu lhes digo que este pecador, e não o fariseu, voltou para casa perdoado! Por­que os orgulhosos serão humilhados, as os humildes serão honrados.

15 - Um dia algumas mães trouxeram suas criancinhas para que Jesus tocasse nelas e as abençoasse. Mas os discípulos as mandaram embora.

16 e 17 – Então Jesus chamou as criancinhas para junto dEle e disse aos discípulos: “Deixem as criancinhas vir para junto de Mim! Nunca mandem embora os pequeninos, pois o Reino de Deus pertence aos homens que têm o coração tão confiante como o destas criancinhas. E que não tiver o tipo de fé que elas têm, nunca entrará no Reino de Deus”.

18 – Uma vez uma líder religioso judeu fez-Lhe esta pergunta: “Bom mestre, que farei para chegar ao céu?”

19 – “Você sabe o que está dizendo quando me chama bom?” perguntou-lhe Jesus. “Só Deus é verdadeiramente bom, e ninguém mais.

20 – Mas quanto à sua pergunta você sabe o que os dez mandamentos dizem – não cometa adultério, não mate, não minta, respeite seus pais, e assim por diante.

21 - O homem respondeu: "Eu te­nho obedecido a cada uma dessas leis desde pequeno".

22 - "Há uma coisa ainda que lhe falta", disse Jesus. "Venda tudo o que tem e dê o dinheiro aos pobres - isso se tornará um tesouro no céu para você - e venha seguir-Me".

23 - Mas quando o homem ouviu isto, foi-se embora triste, porque era muito ri­co.

24 – Jesus ficou olhando para ele, e disse aos seus discípulos: “Como é difícil para os ricos entrarem no Reino de Deus!

25 – É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”.

26 - Aqueles que O ouviram dizer isto, ex­clamaram: "Se é tão difícil assim, como pode alguém ser salvo?"

27 - E Pedro disse: "Nós deixamos nossas casas e O seguimos".

28 e 29 - "Sim", respondeu Jesus, "e todo aquele que tiver feito como vocês, deixan­do casa, esposa, irmãos, pais ou filhos por causa do Reino de Deus,

30 – receberá agora uma recompensa muitas vezes maior, como também receberá a vida

eterna no mundo futuro”.

31 - Reunindo os Doze ao seu redor, Je­sus disse-lhes: "Como vocês sabem, nós vamos para Jerusalém. E quando chegar­mos lá, todas as profecias dos antigos profetas a meu respeito se cumprirão.

32 - Eu serei entregue nas mãos dos munda­nos para ser desrespeitado, maltratado, cuspido

33 - chicoteado, e morto. Mas ao terceiro dia Eu ressuscitarei".

34 - Porém eles não entenderam nenhuma palavra do que Ele dizia; porque o signifi­cado das palavras era difícil para eles.

35 - Quando se aproximaram de Jericó, um cego estava sentado à beira da estra­da, pedindo esmola.

36 - Ouvindo o baru­lho de uma multidão passando, pergun­tou o que estava acontecendo.

37 - Disseram-lhe que Jesus de Nazaré esta­va passando.

38 - Então ele começou a cla­mar: "Jesus, Filho de Davi, tem mise­ricórdia de mim!"

39 - O povo que ia na frente de Jesus ten­tou fazer o homem ficar quieto, mas não adiantou e ele gritava ainda mais alto: "Filho de Davi, tem misericórdia de mim!"

40 - Quando Jesus chegou ao local, pa­rou: "Tragam o cego aqui", disse Ele.

41 - Então Jesus perguntou ao homem: "Que quer você?" "Senhor", suplicou ele, "eu quero ver!".

42 - E Jesus disse: "Está bem, comece a ver! Sua fé curou você!"

43 - Imediatamente o homem pôde enxer­gar, e seguia a Jesus, louvando a Deus. E todos os que viram isto acontecer, também louvaram a Deus.

 


CAPITULO 19

1 e 2 - QUANDO JESUS estava passando por Jericó, um homem chamado Zaqueu, um dos judeus mais influentes no negócio de cobrança de impostos dos ro­manos (e, naturalmente, um homem mui­to rico),

3 - Procurava ver quem era Jesus, porém era muito baixo e não podia olhar por cima do povo.

4 - Por isso ele correu na frente e subiu em um pé de sicômoro ao lado da estrada, para ver dali.

5 - Quando Jesus chegou, levantou o olhar para Zaqueu e o chamou pelo no­me! "Zaqueu" , disse Ele, "Depressa! Desça dai, pois hoje Eu vou hospedar-Me em sua casa!"

6 - Zaqueu desceu apressadamente e le­vou Jesus para casa, com grande emoção e alegria.

7 - Mas o povo se queixava: "Ele foi Se hospedar bem com um pecador tão co­nhecido", falavam em voz baixa.

8 - Nisso, Zaqueu levantou-se diante do Senhor e disse: "Senhor, de agora em diante eu darei metade da minha riqueza aos pobres e se descobrir que cobrei de­mais os impostos de alguém eu pagarei uma multa devolvendo-lhe quatro vezes mais!"

9 e 10 - Jesus lhe disse: "Isso mostra que hoje a salvação chegou a esta casa. Este homem era um dos filhos perdidos de Abraão, e Eu, o Messias, vim buscar e salvar almas como a dele".

11 - Porque Jesus estava Se aproximando de Jerusalém, contou uma história para corrigir a impressão de que o Reino de Deus estava para começar logo.­

12 - "Um homem nobre que morava em certa província foi chamado à distante ca­pital do império para ser coroado rei da sua província.

13 - Antes de partir, ele reu­niu dez auxiliares e deu a cada um deles certa quantia em dinheiro, para empre­garem enquanto ele estivesse ausente.

14 - Mas alguns do seu povo o odiavam, e enviaram uma declaração de independên­cia, dizendo que se haviam revoltado e não o reconheceriam como o seu rei.

15 - Ao voltar, ele chamou os homens a quem tinha dado o dinheiro, para saber o que haviam feito com ele, e quais haviam sido os lucros.

16 - O primeiro homem conseguiu um lu­cro enorme - dez vezes mais a quantia recebida!

17 – “Ótimo” exclamou o rei. 'Você é um servo eficiente. Foi fiel no pouco que lhe confiei, e como recompensa, será gover­nador de dez cidades' .

18 - O servo seguinte também conseguiu um lucro excelente: - cinco vezes a quan­tia recebida.

19 - 'Muito bem'! disse o seu patrão. 'Vo­cê pode ser governador de cinco cidades'.

20 - Mas o terceiro servo trouxe de volta apenas o dinheiro com que havia começa­do. 'Eu o guardei bem seguro', disse ele,

21 - porque fiquei com medo do senhor, que é um homem duro de se tratar, tirando o que não é seu e até tomando a colheita do que os outros plantam!'

22 - 'Seu servo mau e ruim', gritou o rei. 'Duro, eu? Pois é exatamente o que eu vou ser com você! Se você sabia tanto a meu respeito, e como eu sou violento,

23 - então por que não de­positou o dinheiro no banco, para que pe­lo menos eu ganhasse algum juro com ele?'

24 - Assim, pois, voltando-se para os ou­tros que se achavam ali, mandou: 'To­mem o dinheiro dele e dêem ao homem que ganhou mais'.

25 - 'Mas, senhor', disseram, 'ele já tem muito!'

26 - 'Sim', respondeu o rei, 'mas sempre foi verdadeiro que aqueles que têm, ga­nham mais, e aqueles que têm pouco, em breve perdem até isso.

27 - E agora, quanto a estes meus inimigos que se revoltaram, tragam todos aqui para que sejam mortos na minha presença'" .

28 - Depois de contar esta história, Jesus continuou a viagem para Jerusalém, caminhando na frente dos seus discípulos.

29 - Quando chegaram aos lugares de Bet­fagé e Betânia, no Monte das Oliveiras, Ele mandou dois discípulos na frente,

30 - com instruções de irem à aldeia próxi­ma e ao entrar procurarem um jumento amarrado ao lado da estrada, e que nunca tinha sido montado. Mandou que desamarrassem e levassem o animal a Ele.

31 - "E se alguém perguntar o que vocês estão fazendo, digam apenas: 'O Senhor precisa dele'''.

32 - Eles encontraram o jumentinho, co­mo Jesus tinha dito,

33 - E na verdade, quando o estavam desamarrando, os do­nos exigiram uma explicação.

"Que estão fazendo?" perguntaram. "Por que estão desamarrando o nosso ju­mentinho?"

34 - Os discípulos simplesmente respon­deram: "O Senhor precisa dele!"

35 - As­sim eles trouxeram o jumentinho a Jesus e lançaram uma parte das suas roupas em cima do lombo, para Jesus montar.

36 e 37 - Então o povo espalhou seus man­tos pela estrada adiante dEle e quando co­meçaram a descer do Monte das Olivei­ras, a multidão gritava e cantava enquan­to caminhavam, louvando a Deus por to­dos os maravilhosos milagres que Jesus havia feito.

38 - Diziam: "Deus nos deu um Rei!" exultavam eles. "Viva o Rei! Que o céu inteiro se alegre! Glória a Deus nos mais altos céus!"

39 - Mas alguns dos fariseus diziam: "Se­nhor, chame a atenção dos seus seguido­res para que não digam estas coisas!"

40 - Ele respondeu: "Se eles ficarem cala­dos, as pedras da estrada gritarão!"

41 - Mas quando chegaram mais perto de Jerusalém e Ele viu a cidade lá adiante, começou a chorar.

42 - "A paz eterna esteve ao seu alcance, ó Jerusalém, mas essas coisas agora estão ocultas aos seus olhos.

43 - Os seus inimigos amontoarão terra con­tra os seus muros, e a cercarão e cerrarão fileiras contra você.

44 - Arrasarão tudo e esmagarão os seus filhos dentro de você, Jerusalém. E não deixarão pedra sobre pedra, porque você não aceitou a oportu­nidade que Deus lhe ofereceu".

45 - Então Ele entrou no templo e co­meçou a expulsar os negociantes das suas barracas,

46 - dizendo: "As Escrituras de­clararam: 'Meu templo é um lugar de oração; mas vocês o transformaram em um covil de ladrões'" .

47 - Depois disso Ele ensinava todos os dias no templo, mas os sacerdotes princi­pais, os outros líderes religiosos e os ho­mens importantes estavam procurando achar um jeito de livrar-se dEle.

48 - Porém não podiam imaginar nenhum, porque Ele era um herói para o povo, que dava ouvidos a cada palavra que Ele dizia.

 


CAPITULO 20

1 - NAQUELES dias quando Ele estava pregando e ensinando a Boa Nova no templo, foi interrogado pelos sacerdotes principais e outros lideres religiosos, além de membros do Conselho.

2 e 3 - Eles queriam saber com que autoridade Ele havia ex­pulsado os negociantes do templo. Antes de responder, "Eu lhes farei uma pergunta", respondeu Jesus.

4 - "João foi enviado por Deus, ou estava agindo ape­nas por sua própria autoridade?"

5 - Eles perguntavam entre si: "Se disser­mos que a mensagem dele era do céu, cai­remos na armadilha, porque Ele pergun­tará: 'Então por que vocês não creram ne­le?'

6 - Mas se dissermos que João não foi enviado por Deus, o povo nos apedrejará, porque todos estão convencidos de que ele era profeta".

7 - Finalmente eles res­ponderam: "Nós não sabemos!"

8 - E Jesus respondeu: "Neste caso, Eu também não responderei à pergunta de vocês".

9 - Então Ele voltou-se outra vez para o povo e contou-lhes esta história: "Um homem plantou uma vinha, arrendou-a a uns lavradores, e foi embora para uma terra distante, a fim de morar ali alguns anos.

10 - Quando chegou a época da co­lheita, ele mandou um dos seus homens à propriedade para receber a sua parte das colheitas. Mas os lavradores bateram nele e o mandaram de volta com as mãos va­zias.

11 - Então ele mandou um outro, mas aconteceu a mesma coisa; foi espancado, ofendido, e mandado embora sem receber nada.

12 - Foi mandado um terceiro homem e aconteceu a mesma coisa. Este, também foi ferido e expulso de lá.

13 - 'Que vou fazer?" perguntava o dono a si mesmo. 'Já sei! Enviarei o meu filho querido. Certamente eles mostrarão res­peito por ele'.

14 - Mas quando os lavradores viram o fi­lho, disseram: 'Esta é a nossa hora! Este rapaz herdará toda a terra quando o pai morrer. Vamos! Vamos matá-lo, e assim tudo será nosso'.

15 - Então eles arrastaram o rapaz para fora da vinha e o mataram. "Que acham vocês que o dono da vi­nha fará?

16 - Eu lhes direi - ele virá e os matará, e dará a vinha para outros". "Mas eles nunca fariam uma coisa des­sas", disseram os ouvintes.

17 - Jesus olhou bem para eles e disse: "Então que significa a Escritura que diz: 'A Pedra que os construtores não quise­ram foi posta como pedra principal'?"

18 - E Ele acrescentou: "Qualquer que tro­peçar nessa Pedra, será despedaçado; e aqueles sobre quem ela cair, serão trans­formados em pó".

19 - Quando os sacerdotes principais e os lideres religiosos ouviram falar dessa história que ele havia contado, quiseram prendê-lO imediatamente, porque enten­deram que era deles que estava falando. Eles eram os maus lavradores. Porém ti­veram medo de que houvesse uma revolta do povo se O prendessem.

20 - Então, esperavam que Ele dissesse al­guma coisa que pudesse ser denunciada ao governador romano como razão para que este O prendesse. Assim, mandaram agentes secretos fingindo ser homens sin­ceros.

21 - Estes disseram a Jesus: "Senhor, nós sabemos que o Senhor é um mestre sincero. Fala sempre o que é certo e não se afasta nem um milímetro da verdade por causa do que os outros pensam, mas ensina os caminhos de Deus.

22 - Agora, diga-nos - está certo pagar impostos ao governador romano, ou não?"

23 - Jesus percebeu o fingimento deles e disse:

24 - "Mostrem-Me uma moeda. De quem é este retrato que está nela? E de quem é o nome?" Eles responderam: "De César, impera­dor romano".

25 - Ele disse: "Então, entreguem ao im­perador o que é dele - e a Deus o que é de Deus!"

26 - Assim falhou a tentativa de confun­dir Jesus diante do povo; maravilhados da resposta dEle, ficaram calados.

27 - Então alguns saduceus - homens que acreditavam que a morte é o fim da existência, e que não há ressurreição.­

28 - Vieram a Jesus com esta pergunta: "As leis de Moisés declaram que, se um homem morrer sem filhos, o irmão dele se casará com a viúva e os filhos deles legal­mente pertencerão ao morto, para manter o seu nome.

29 - Nós conhecemos uma família de sete irmãos. O mais velho casou-se e logo morreu sem deixar filhos.

30 - O irmão dele casou com a viúva, mas ele também morreu. Nada de filhos ain­da.

31 - E assim foi, um após outro, até que cada um dos sete se havia casado com ela e morrido, não deixando filhos.

32 - Final­mente morreu também a mulher.

33 - Ago­ra, esta é a nossa pergunta: 'De quem ela será esposa na ressurreição? Pois todos eles foram casados com ela!"

34 e 35 - Jesus responde: O casamento é pa­ra pessoas aqui na terra. Mas quando che­garem ao céu os que são dignos de alcan­çar a ressurreição e a vida futura, não se casarão.

36 - E não morrerão nunca mais; neste aspecto serão como os anjos, e se­rão filhos de Deus, porque serão levanta­dos do meio dos mortos para uma vida nova.

37 e 38 - Mas quanto à verdadeira pergunta de vocês - se há ou não ressurreição ­- ora, até os escritos do próprio Moisés provam isto. Pois quando descreve como Deus lhe apareceu na sarça ardente, ele fala de Deus como o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Dizer que o Senhor é o Deus de alguma pessoa, significa que aquela pessoa está viva, e não morta! Portanto, do ponto de vista de Deus, todos os homens estão vivos".

39 - "Bem respondido, Senhor!" afirma­ram alguns dos estudiosos da lei dos ju­deus, que estavam ali.

40 - E aquilo acabou com as perguntas deles, porque não tive­ram coragem de perguntar mais nada!

41 - Então Ele fez a eles uma pergunta. "Como é isso, que dizem que o Cristo, o Messias, é descendente do rei Davi?

42 e 43 - Pois o próprio Davi escreveu no livro dos Salmos: 'Deus disse ao meu Senhor, o Messias: "Sente-Se à minha direita até que eu ponha os seus inimigos debaixo dos seus pés"'.

44 - Como é que o Messias pode ao mesmo tempo ser filho de Davi e Deus de Davi?"

45 - Então, com o povo ouvindo, Ele voltou-se para seus discípulos e disse:

46 - "Cuidado com estes estudiosos de reli­gião, porque eles gostam de andar com roupas caras e querem que o povo se cur­ve diante deles quando caminham pelas ruas. E como gostam dos lugares de hon­ra nos templos e nas festas religiosas!

47 - Porém no mesmo momento em que eles estão fazendo longas orações para o povo escutar e procurando mostrar grande bondade, estão fazendo planos para rou­bar as propriedades das viúvas. Portanto, está reservado para estes homens o mais duro castigo de Deus".

 


CAPITULO 21

1 - QUANDO JESUS estava no templo, observava os ricos colocarem suas ofertas na caixa de ofertas.

2 - Foi quando uma viúva pobre pôs somente duas moe­dinhas de cobre.

3 - "Realmente", comentou Ele, "esta viúva pobre deu mais do que todos os ou­tros juntos.

4 - Pois eles deram um pouco do que não precisam, porém ela pobre co­mo é, deu tudo o que tem".

5 - Alguns dos discípulos começaram a falar a respeito das belas pedras do tem­plo e dos enfeites das paredes.

6 - Mas Jesus disse: "Está chegando o momento em que todas estas coisas que vocês estão admirando serão derrubadas, e não será deixada pedra sobre pedra; tu­do se transformará em enorme monte de lixo".

7 - "Mestre!" disseram eles. "Quando? E haverá algum aviso antes dessa hora?"

8 - Ele respondeu: "Não deixem que nin­guém engane vocês. Porque virão muitos dizendo que são o Messias e que chegou a hora. Mas não vão atrás deles!

9 - E quan­do vocês ouvirem o começo de guerras e revoluções, não tenham medo. É certo que devem vir as guerras, mas o fim não será logo em seguida.

10 - Porque se levan­tará nação contra nação, e reino contra reino,

11 - e haverá grandes terremotos, fo­me e epidemias de doenças em muitas ter­ras, e coisas terríveis com grandes sinais acontecendo nos céus.

12 - Porém antes de tudo isto, haverá um tempo de tremenda perseguição, e por causa do meu nome vocês serão arrasta­dos para os templos e prisões, levados diante de reis e governadores.

13 - Porém, como resultado, o Messias será grande­mente conhecido e respeitado.

14 - Portan­to, não se preocupem com a maneira de responder às acusações contra vocês,

15 - porque Eu lhes darei as palavras ade­quadas e uma tal sabedoria, que nenhum dos seus inimigos será capaz de respon­der!

16 - Até aqueles que são mais chegados a vocês - seus pais, irmãos, parentes e amigos, trairão vocês, mandando-os prender; e alguns de vocês serão mortos

17 - e todo mundo odiará vocês porque vo­cês são meus e são chamados pelo meu nome. 18 - Porém não se perderá nem um fio de cabelo das suas cabeças!

19 - E se vo­cês ficarem firmes, ganharão as suas almas.

20 - Mas quando vocês virem que Jeru­salém está cercada de exércitos, então sa­berão que chegou o tempo da destruição dela.

21 - Nessa época, o povo da Judéia de­ve fugir para os montes. Os que estiverem na cidade devem fugir dela. Os que estive­rem fora da cidade não devem tentar vol­tar.

22 - Pois aqueles serão os dias do julgamento de Deus, e as palavras escritas pe­los profetas nas antigas Escrituras se cumprirão realmente.

23 - Ai das que estive­rem esperando filhos naqueles dias, e das que tiverem crianças bem pequenas. Por­que haverá grande sofrimento sobre esta nação, e furioso ódio sobre os filhos des­te povo.

24 Eles serão mortos pelas armas inimigas, ou expulsos de suas terras para ficarem escravos de todas as nações do mundo; e Jerusalém será conquistada e pisada pelos homens que não temem a Deus, até que o período da vitória dos maus se acabe no tempo que for apropria­do para Deus.

25 - Então haverá acontecimentos estra­nhos nos céus - sinais, e coisas esquisitas no sol, na lua, e nas estrelas; aqui embai­xo na terra as nações estarão em desor­dem, apavoradas com o barulho terrível dos mares.

26 - Muitas pessoas desmaiarão por causa da terrível destruição que elas verão chegando sobre a terra, porque até a firmeza dos próprios céus será abalada.

27 - Então os povos da terra verão o Mes­sias vindo do céu, chegando em uma nu­vem com poder e grande glória.

28 – portanto, quando todas estas coisas começarem a acontecer, levantem-se e ergam a cabeça com ânimo, pois a salvação de vocês estará próxima.

29 - Ele fez depois esta comparação: "Ve­jam a figueira, ou qualquer outra árvo­res.

30 - Quando aparecem as folhas, a gen­te sabe, sem ninguém dizer, que o verão está próximo.

31 - Da mesma forma, quan­do vocês puderem ver os acontecimentos que eu descrevi, fiquem certos de que o Reino de Deus está próximo.

32 - Verdadeiramente Eu digo a vocês que quando estas coisas acontecerem, chegou o fim da era.

33 - Embora o céu e a terra desapareçam, as minhas palavras per­manecerão verdadeiras para sempre.

34 e 35 - VIGIAI! Que a minha vinda repen­tina não apanhe vocês desprevenidos. E eu não encontre vocês vivendo à toa, em festas e bebedeiras, ou ocupados com os problemas desta vida, como os outros do mundo.

36 - Tomem cuidado! Orem sempre para que, se possível, vocês possam che­gar à minha presença sem terem de en­frentar esses horrores. E se enfrentarem, ficarem firmes.

37 e 38 - Todos os dias Jesus ia ao templo ensinar, e o povo começava a reunir-se de manhã bem cedo para ouvi-lO. Às tardes Ele voltava para passar a noite no Monte das Oliveiras.

 


CAPITULO 22

1 - NESSE TEMPO estava chegando a Páscoa, festa judaica durante a qual só se comia pão sem fermento.

2 - Os sacer­dotes principais e outros líderes religiosos estavam planejando a morte de Jesus, tentando encontrar uma maneira de fazer isto sem provocar uma revolta - coisa que eles tinham muito medo que aconte­cesse.

3 - Então Satanás entrou em Judas Iscariotes, um dos doze discípulos.

4 - E ele foi falar com os sacerdotes principais e capi­tães da guarda do templo para discutir qual o melhor jeito de lhes entregar Jesus.

5 - Todos ficaram muito satisfeitos, natu­ralmente, de saber que ele queria ajuda-­los e lhe prometeram uma recompensa.

6 - Então Judas começou a procurar uma boa oportunidade em que eles pudessem prender Jesus calmamente, quando o po­vo não estivesse em volta.

7 - Ora, chegou o dia da comemoração da Páscoa, quando o cordeiro da festa era morto e comido com o pão sem fermento.

8 - Então Jesus mandou Pedro e João na frente, para procurarem um lugar onde preparar a refeição da Páscoa para eles.

9 - "Aonde o Senhor quer que a gente vá?" perguntaram eles.

10 - Ele respondeu: "Logo que vocês en­trarem em Jerusalém, verão um homem que vai andando e carregando um pote d'água. Sigam esse homem até à porta em que ele entrar. 11 - E digam ao dono da ca­sa: 'O nosso Mestre pediu que nos mostre a sala para hóspedes onde Ele poderá co­mer a refeição da Páscoa com os seus discípulos'.

12 - Ele levará vocês ao andar superior, a um aposento espaçoso todo preparado para nós. Aquele é o lugar. Preparem a refeição ali".

13 - Eles foram à cidade e acharam tudo tal como Jesus tinha dito e prepararam a ceia da Páscoa.

14 - Então chegaram Jesus e os outros discípulos, e na hora certa todos se reuni­ram à mesa,

15 – E Ele disse: "Eu estava es­perando muito ansiosamente esta hora, desejoso de comer a refeição da Páscoa com vocês, antes de começar o meu sofrimento.

16 – Porque eu lhes digo agora que não tornarei a comer até que aquilo que ele representa haja acontecido no Reino de Deus.

17 – Ele tomou um cálice de vinho, e depois que deu graças, disse: “Tomem isto e dividam entre vocês.

18 – Porque eu não beberei vinho outra vez até que o Reino de Deus tenha chegado”.

19 - A seguir Ele pegou um pão; depois que deu graças a Deus, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: "Isto é o meu corpo, entregue por vocês. Comam dele para se lembrarem de Mim" .

20 - Depois da ceia Jesus deu a eles outro cálice de vinho, dizendo: "Este vinho é o sinal do novo pacto de Deus para salvar vocês - um acordo garantido pelo san­gue que Eu derramarei para comprar de volta as almas de vocês.

21 - Mas aqui nes­ta mesa, entre nós, fingindo ser amigo, está o homem que Me trairá.

22 - Eu devo morrer. Isto faz parte do plano de Deus. Porém, que horror está reservado para es­se homem que Me trai".

23 - Os discípulos perguntavam então uns aos outros qual deles faria tal coisa.

24 - Depois começaram a discutir entre si quem teria a posição mais elevada (no Reino futuro.)

25 - Jesus disse-lhes: "Neste mundo, os reis e os homens poderosos mandam os seus escravos para todos os lados e eles não têm escolha, senão achar isso bom!

26 - Mas entre vocês, o que servir melhor a vocês será o seu líder.

27 - Lá no mundo o senhor acomoda-se à mesa e é servido pe­los seus criados. Mas aqui, não! Pois Eu sou o criado de vocês.

28 - Contudo, por vo­cês terem continuado fiéis a Mim nestes dias terríveis,

29- e como meu Pai Me deu um Reino, Eu, nesta hora, dou a vocês o direito

30 - de comer e beber à minha mesa naquele Reino; também vão sentar-se em tronos para julgar as doze tribos de Is­rael.

31 - Simão, Simão, Satanás pediu você, para peneirá-lo como trigo quando se se­para a palha.

32 - Porém Eu em oração su­pliquei por você, para que a sua fé não fracasse completamente. Portanto, quando você tiver se arrependido e volta­do a Mim, fortaleça e robusteça a fé dos seus irmãos".

33 - Simão disse: "Senhor, eu estou pron­to a ir para a prisão, e até a morrer com o Senhor".

34 - Mas Jesus disse: "Pedro, Eu vou dizer-lhe uma coisa. Entre agora e ama­nhã de manhã, quando o galo cantar, vo­cê Me negará três vezes, afirmando que nem ao menos Me conhece".  ­

35 - Depois Jesus perguntou-lhes: "Quando Eu os mandei pregarem a Boa Nova e vocês saíram sem dinheiro, sem sacola, ou sem outras roupas, como pas­saram?" "Bem", responderam.

36 - "Mas agora", disse Ele, "Peguem sacola, se tiverem, e também o seu dinhei­ro. E quem não tem espada, é melhor vender alguma roupa e comprar uma!

37 - Pois chegou a hora de cumprir-se esta profecia a meu respeito: 'Ele será conde­nado como um criminoso!' Sim, tudo o que está escrito a meu respeito pelos pro­fetas será cumprido".

38 - "Mestre", responderam eles, "Te­mos aqui duas espadas conosco". "Basta!" disse Ele.

39 - Então, acompanhado pelos discípulos, Ele deixou a sala do andar superior e foi, como de costume, para o Monte das Oliveiras.

40 - Ali, Ele disse-lhes: "Orem a Deus para não serem vencidos pela tenta­ção".

41 e 42 - Ele afastou-Se um pouco, ajoelhou-se e fez esta oração: "Pai, se o Senhor; quiser, afaste de Mim este cálice de horror. Porém Eu quero a sua vonta­de, e não a minha".

43 - Então apareceu um anjo do céu que O fortalecia,

44 - porque Ele estava em tal agonia de espírito que começou a suar sangue, com grandes go­tas caindo ao chão enquanto orava cada vez mais fervorosamente.

45 - Finalmente Jesus Se levantou e voltou aos discípulos - e os encontrou dormindo, cansados pe­la tristeza que tinham.

46 - "Dormindo!" disse Ele. "Levantem-­se! Orem a Deus para não caírem quando forem tentados".

47 - Porém, mal Ele acabou de dizer isto, aproximou-se uma multidão, conduzida por Judas, um dos doze discípulos. Judas caminhou para Jesus e O beijou na face, num cumprimento cordial.

48 - Mas Jesus disse: "Judas, como você pode fazer isto - trair o Messias com um beijo?"

49 - Quando os outros discípulos viram o que estava para acontecer, disseram: "Mestre, podemos lutar? Nós trouxemos as espadas!"

50 - E um deles avançou con­tra o criado do supremo sacerdote, cor­tando sua orelha direita.

51 - Mas Jesus disse: "Não resistam mais". E tocando na orelha do homem, curou-a.

52 - Depois Jesus dirigiu-Se aos sa­cerdotes principais, aos capitães da guar­da do templo e aos líderes religiosos que vinham à frente da multidão. "Eu sou por acaso um assaltante", perguntou Ele, "para que vocês tenham vindo armados de espadas e cacetes para Me apanhar.?

53 - Por que não Me prenderam no templo? Eu estava lá todos os dias! Porém esta é a hora de vocês - a hora em que o poder de Satanás está reinando".

54 - Então eles O conduziram à casa do supremo sacerdote enquanto Pedro acompanhava tudo à distância.

55 - Os sol­dados acenderam uma fogueira no pátio e sentaram em volta para esquentar-se; Pe­dro reuniu-se a eles ali.

56 - Uma criada viu Pedro à luz da fo­gueira e começou a olhar para ele. Por fim, ela falou: "Este homem estava com Jesus!"

57 - Pedro negou! "Mulher", disse ele, "eu nem conheço esse homem!"

58 - Depois, um outro olhou para ele e disse: "Você deve ser um deles!" "Não, senhor, não sou!" respondeu Pedro.

59 - Uma hora depois, uma outra pessoa afirmou: "Eu sei que este é um dos discípulos de Jesus, porque os dois são da Galiléia".

60 - Mas Pedro disse: "Homem, eu não sei do que você está falando". E logo que ele disse estas palavras, um galo cantou.

61 - Naquele momento, Jesus voltou a olhar para Pedro. Então Pedro lembrou de que Ele havia dito - "Antes que o ga­lo cante amanhã de manhã, você Me ne­gará três vezes".

62 - Então Pedro foi para fora do pátio, chorando amargamente.

63 e 64 - Nisso os guardas responsáveis por Jesus começaram a caçoar dEle. Tapa­vam seus olhos, davam-Lhe socos e per­guntavam: "Adivinhe, profeta, quem ba­teu em Você agora?"

65 - E atiravam sobre Jesus diversos tipos de ofensa.

66 - Cedinho, na manhã seguinte, reuniu-­se o Supremo Tribunal judaico, inclusive os sacerdotes principais e todas as altas autoridades religiosas de todo o país. Je­sus foi conduzido à presença deste grupo,

67 e 68 - e intimado a declarar se Ele dizia ser o Messias ou não. Porém Ele respondeu: "Se Eu lhes disser, vocês não acreditarão em Mim, nem Me deixarão explicar nada.

69 - Mas logo virá a hora quando Eu, o Messias, serei entronizado ao lado de Deus Todo-poderoso".

70 - Eles gritaram: "Então Você diz que é o Filho de Deus?" E Ele respondeu "Sim, Eu sou".

71 - "Que necessidade temos de outras testemunhas?" disseram eles, "pois nós mesmos ouvimos Jesus dizer isto!"

 


CAPITULO 23

1 - ENTÃO RESOLVERAM levar Je­sus ao governador Pilatos.

2 - Come­çaram logo a acusá-lO: "Ele tem levado o nosso povo à ruína, dizendo que não pa­gue seus impostos ao governador romano e alegando que Ele mesmo é o nosso Mes­sias, - um Rei".

3 - Então Pilatos perguntou-Lhe: "Você é o Messias deles - o Rei deles?" "Sim", respondeu Jesus, "é como o senhor diz".

4 - Depois Pilatos voltou-se para os sa­cerdotes principais e a multidão, e disse: “Não vejo nesse homem nenhum motivo de acusação!”

5 - Com isto eles insistiram com força: "Acontece que Ele está provocando re­voltas contra o governo nos diversos luga­res aonde vai, na Judéia toda, da Galiléia até Jerusalém!"

6 - "Então Ele é Galileu?" perguntou Pi­latos.

7 - Quando eles disseram que sim, Pilatos ordenou que O levassem ao rei Herodes, porque a Galiléia estava sob o governo de Herodes. Acontece que Herodes estava em Jerusalém naquela época,

8 - e ficou alegre com a oportunidade de ver Jesus, porque tinha ouvido falar a seu respeito e esperava vê-lO fazer um milagre.

9 - Ele fez a Jesus uma pergunta atrás da outra, mas não teve nenhuma resposta.

10 - Enquanto isso, os sacerdotes principais e os outros líderes religiosos permane­ciam ali gritando suas acusações.

11 - Porém Herodes e seus soldados começaram a caçoar de Jesus, vestiram nEle um manto real e O mandaram de volta a Pilatos.

12 - Naquele dia Herodes e Pilatos - que antes eram inimigos - fi­caram bons amigos.

13 - Então Pilatos reuniu os sacerdotes principais e outros lideres dos judeus, juntamente com o povo,

14 - e anunciou sua sentença: "Vocês me trouxeram este Homem acusando-O de provocar uma re­volta contra o governo. Eu O interroguei e considero Jesus inocente.

15 - Herodes chegou à mesma conclusão e O devolveu a nós: nada do que este Homem tem feito exige a pena de morte.

16 - Portanto, eu O mandarei açoitar com chicote de chumbo e O soltarei" .

17 e 18 - Mas nesse momento um poderoso clamor levantou-se da multidão enquanto eles gritavam, como se fosse uma só voz: "Mate-O, e solte-nos Barrabás!"

19 - (Bar­rabás estava na prisão por ter começado em Jerusalém uma revolta contra o gover­no, e por ter praticado um assassinato).

20 - Pilatos discutia com eles, porque queria soltar Jesus.

21 - Porém eles gritavam: "Crucifique! Crucifique!"

22 - Novamente, pela terceira vez, ele per­guntou: "Por quê? Que crime Ele come­teu? Eu não achei razão nenhuma para condená-lO. Portanto, será castigado e solto.

23 - Porém eles gritavam cada vez mais alto pedindo a morte de Jesus. E o pedido deles venceu.

24 - Portanto Pilatos sentenciou Jesus à morte como eles exigiam.

25 - E soltou Bar­rabás, o homem preso por revolta e assas­sinato, a pedidos deles. Mas entregou-lhes Jesus, para que eles fizessem como queriam.

26 - Enquanto a multidão estava levando Jesus para a morte, Simão de Cirene, que estava naquela hora chegando do campo a Jerusalém, foi obrigado a segui-los, car­regando a cruz de Jesus.

27 - Grandes multi­dões seguiam atrás, e muitas mulheres que choravam de tristeza.

28 - Mas Jesus voltou-Se e lhes disse: "Fi­lhas de Jerusalém, não chorem por Mim, mas por vocês mesmas e por seus filhos.

29 - Porque estão chegando dias em que as mulheres que não tiverem filhos serão consideradas verdadeiramente felizes.

30 - Nesses dias, muitos desejarão ser enter­rados e cobertos pelos montes.

31 - Pois se fazem coisas como estas a Mim, que sou a Árvore Viva, que não farão a vocês?"

32 e 33 - Outros dois, que eram criminosos, foram conduzidos para fora, a fim de se­rem executados com Jesus num lugar cha­mado "A Caveira". Ali todos os três fo­ram crucificados - Jesus na cruz do meio, e os dois criminosos, um de cada la­do.

34 - "Pai, perdoe esta gente", disse Je­sus, "porque não sabem o que estão fa­zendo". Os soldados tiraram sortes sobre a rou­pa dEle, jogando dados para cada peça.

35 - A multidão olhava. E os líderes dos ju­deus riam e caçoavam. "Ele foi tão bom socorrendo os outros", diziam, "vamos ver se Ele salva a Si mesmo, se é realmen­te o Escolhido de Deus, o Messias".

36 - Os soldados caçoavam dEle também, oferecendo-Lhe vinagre para beber.

37 - E Lhe diziam: "Se Você é de fato o Rei dos Judeus, salve-Se a Si mesmo!"

38 - Na cruz por cima dEle, estava escri­to: "ESTE É O REI DOS JUDEUS".

39 - Um dos criminosos ao lado zomba­va: "Então Você é o Messias, não é? Pro­ve isso, salvando a Si mesmo - e a nós também!"

40 e 41 - Mas o outro criminoso protestou: "Você não teme a Deus nem quando está morrendo? Nós merecemos morrer pelos nossos crimes, mas este Homem não fez nenhuma coisa ruim".

42 - E em seguida disse: "Jesus, lembre-Se de mim quando o Senhor entrar em seu Reino".

43 - E Jesus respondeu: "Hoje você es­tará comigo no Paraíso. Esta é uma pro­messa".

44 - A esta altura era meio-dia, e a escuri­dão caiu sobre a terra inteira e durante três horas, até às 3 da tarde.

45 - A luz do sol de­sapareceu - e de repente a grossa corti­na pendurada no templo partiu em dois pedaços.

46 - Nessa hora Jesus clamou: "Pai, ao Senhor entrego o meu espírito", e com es­tas palavras, morreu.

47 - Quando o comandante do grupo de soldados que dirigia as execuções viu o que tinha acontecido, ficou tomado de pavor diante de Deus e disse: "Verdadei­ramente este Homem era inocente".

48 - E a multidão que veio para ver a crucificação, quando viu que Jesus estava morto, voltou para casa, muito triste.

49 - Enquanto isso, os amigos de Jesus, in­cluindo as mulheres que O seguiram des­de a Galiléia, estavam olhando de longe.

50 a 52 - Então um homem chamado José, da cidade de Arimatéia, na Judéia, membro do Supremo Tribunal judaico, foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Ele era um homem piedoso, que tinha espera­do a vinda do Messias e não concordava com a decisão e os atos dos outros lideres judaicos.

53 Assim ele desceu o corpo de Jesus da cruz e o enrolou numa longa pe­ça de linho, colocando o corpo num túmulo novo, que ainda não havia sido usado, cavado na rocha.

54 - Isto foi feito bem à tardinha, na sexta-feira, o dia da preparação para o sábado.

55 - As mulheres da Galiléia seguiram atrás do corpo e viram quando era carre­gado para dentro do túmulo.

56 - Dali elas foram para casa e prepararam perfumes para embalsamar o corpo. Mas na hora em que terminaram já era sábado, por­tanto descansaram todo aquele dia, con­forme o mandamento da lei dos judeus.

 


CAPITULO 24

1 - POREM BEM cedo, no domingo de manhã, elas levaram os perfumes ao túmulo.

2 - E verificaram que a enorme pedra que fechava a entrada havia sido rolada para um lado.

3 - Então entraram, ­mas o corpo do Senhor Jesus havia desa­parecido!

4 - Ficaram ali assustadas, procurando imaginar o que poderia haver acontecido com o corpo. De repente apareceram dois homens diante delas, vestidos de mantos tão brilhantes que os olhos delas ficaram ofuscados.

5 - As mulheres ficaram ame­drontadas e se curvaram diante deles. Então os homens perguntaram: "Por que vocês estão procurando no túmulo Alguém que está vivo?

6 e 7 - Ele não está aqui! Ressuscitou! Não se lembram do que Ele disse a vocês na Galiléia - que o Messias devia ser entregue ao poder dos homens maus, ser crucificado, e que ao terceiro dia Se levantaria novamente?"

8 - Elas então se lembraram,

9 - e voltaram depressa para Jerusalém, a fim de contar aos onze discípulos - e a todo mundo ­o que havia acontecido.

10 - (As mulheres que foram ao túmulo eram Maria Mada­lena, Joana, Maria mãe de Tiago e diver­sas outras).

11 - Mas a história pareceu aos homens uma pura invenção. Eles não acreditaram.

12 - Contudo, Pedro correu ao túmulo. Abaixando-se, olhou atentamente para dentro e viu os panos de linho vazios; e então voltou para casa, surpreso com o que havia acontecido!

13 - Naquele mesmo dia, dois dos segui­dores de Jesus estavam caminhando para a aldeia de Emaús, a onze quilômetros de Jerusalém.

14 - Enquanto eles andavam, iam falando dos acontecimentos da morte de Jesus,

15 - quando de repente o próprio Jesus veio, uniu-Se a eles, e começou a andar ao lado deles!

16 - Porém eles não O reconheceram porque Deus os impediu.

17 - "Vocês parecem estar conversando muito sério sobre alguma coisa", disse Ele. "Com que se acham tão preocupa­dos?" Eles pararam, muito tristes.

18 - E um deles, Cléopas, respondeu: "Você de­ve ser a única pessoa em Jerusalém toda que não sabe das coisas terríveis que aconteceram na semana passada".

19 - "Que coisas?" perguntou Jesus. "As coisas que aconteceram com Je­sus, o Nazareno", disseram eles. "Era um Profeta que fazia milagres incríveis e um poderoso Mestre, muito considerado tanto por Deus como pelos homens.

20 - Mas os sacerdotes principais e os nossos líderes religiosos O prenderam e O entre­garam ao governo romano para ser con­denado à morte e O crucificaram.

21 - Nós pensávamos que Ele fosse o glorioso Mes­sias, que tinha vindo para libertar Israel. E agora, além de tudo isso - que acon­teceu há três dias –

22 e 23 - algumas mulhe­res do nosso grupo, estiveram no seu túmulo hoje de manhã cedinho. Voltaram com a história surpreendente de que o corpo dEle havia desaparecido, e que lá encontraram anjos, que disseram que Je­sus está vivo!

24 - Alguns homens do nosso grupo correram para ver, e de fato, o cor­po de Jesus havia desaparecido, tal como as mulheres tinham dito!"

25 - Então Jesus lhes disse: "Vocês são insensatos; gente insensata! Acham difícil crer tudo o que os profetas disseram nas Escrituras!

26 - Não foi profetizado que o Messias teria de sofrer todas estas coisas antes de voltar à sua glória?"

27 - Então Jesus citou para eles um trecho atrás do outro, sobre os profetas, come­çando pelo livro de Gênesis e através das Escrituras, explicando o que os textos queriam dizer e o que diziam a respeito dEle mesmo.

28 - A essa altura estavam chegando per­to de Emaús e do fim da sua viagem. Je­sus queria seguir adiante.

29 - Porém eles pediram-Lhe que passasse a noite com os dois, pois estava ficando tarde. Então Ele foi para a casa deles.

30 - Quando iam co­mer, Ele pediu a bênção de Deus sobre a comida e tomou um pão, partiu-o e esta­va distribuindo a eles,

31 - quando de repen­te - eles O reconheceram! Mas naquele momento Ele desapareceu!

32 - Começaram então a contar um ao outro como seus corações ficaram cheios de alegria enquanto Ele falava com eles e explicava as Escrituras durante a cami­nhada pela estrada.

33 e 34 - Na mesma hora eles se puseram a caminho de volta para Jerusalém, onde os onze discípulos e ou­tros seguidores de Jesus os saudaram com estas palavras: "O Senhor ressuscitou realmente! Ele apareceu a Pedro!"

35 - Então os dois homens de Emaús con­taram sua história, como Jesus tinha apa­recido quando estavam caminhando pela estrada, e como eles O haviam reconheci­do na hora em que partiu o pão.

36 - E bem quando eles estavam contando isso, o próprio Jesus de repente achou-Se ali en­tre eles e os cumprimentou!

37 - Mas o gru­po todo ficou muito assustado, pensando que estavam vendo um espírito!

38 - "Por que estão com medo?" pergun­tou Ele. "Por que duvidam que seja Eu mesmo? 39 - Olhem para as minhas mãos! Olhem para os meus pés! Vocês podem ver que sou Eu, Eu mesmo! Toquem em Mim e verifiquem que Eu não sou um espírito! Pois espíritos não têm corpo, co­mo estão vendo que Eu tenho!"

40 - Assim falando, Ele estendeu as mãos para eles verem (os sinais dos pregos), e mostrou-­lhes os pés, (com as feridas).

41 - Eles ainda ficaram admirados, cheios de alegria e de dúvida. Então Ele perguntou: "Vocês têm aqui alguma coisa para comer?"

42 - Eles Lhe deram um pedaço de peixe assado,

43 - E Ele o comeu diante de todos!

44 - Então Jesus disse: "Quando Eu esta­va antes com vocês, não se lembram de Eu ter falado que todas as coisas que esta­vam escritas a meu respeito por Moisés, pelos profetas, e nos Salmos, deveriam se cumprir?"

45 - Assim abriu-lhes as mentes para que entendessem as Escrituras!

46 - E disse: "Sim, estava escrito há muito tem­po que o Messias devia sofrer, morrer, e ressuscitar ao terceiro dia.

47 - Também es­tava escrito que deveria ser levada de Je­rusalém a todas as nações esta mensagem de salvação: Existe perdão de pecados pa­ra todos os que se voltam para Mim.

48 – Vocês viram estas profecias cumprirem-se,

49 - E agora Eu enviarei sobre vocês o Espírito Santo, tal como meu Pai prome­teu. Não comecem ainda a falar aos ou­tros - fiquem aqui na cidade até que o Espírito Santo venha e encha vocês de po­der do céu".

50 - Depois Jesus os levou para fora, e le­vantando as mãos para o céu, os aben­çoou.

51 - Então começou a elevar-Se nos ares, e entrou no céu.

52 - Eles O adoraram, e voltaram para Jerusalém, cheios de grande alegria,

53 - e estavam sempre no templo, louvando a Deus.